Autocuidado: Tempo valioso!
“O que se opõe ao descuido e ao descaso é o cuidado”.
Leonardo Boff
Às vezes, o corpo te obriga a parar, a sair do modo automático, da cobrança pela rotina que te consome sem moderação.
Em julho, meu corpo me obrigou a parar. Em 48 horas, senti um leve desconforto, que evoluiu para uma dor de nível 6, e, algumas horas depois, dor de nível 9 na escala da dor.
No hospital, esperava ser medicada para repousar em casa, mas fiquei internada por quatro longos dias.
Enquanto o antibiótico pingava lentamente, deu tempo de pensar. E como deu.
E uma das muitas reflexões que eu fiz, foi sobre o autocuidado.
Pensei: Me proponho a uma disciplina de cuidados para o corpo e a mente: Meditação, aula de Yoga e de atividade física via Youtube, cuidado com a alimentação e a hidratação. A leitura antes de dormir.
Mas aí a rotina de vida própria, que me engole nos afazeres diários… e eu fico pro dia seguinte. Meu corpo espera! Minha mente até que tá bem! E num átimo, meu corpo me fez parar e pensar: UAU! Preciso do tempo valioso do autocuidado.
Se sobrevivemos enquanto espécie humana, se nos destacamos de outros seres vivos pela cognição muito mais aprimorada, foi, em parte, porque aprendemos a cuidar uns dos outros. Com o tempo, percebemos que isso nos garantia sobrevivência.
Mas não aprendemos a dar igual importância ao autocuidado. É um faz quando dá, do jeito que dá. E nunca a saúde mental esteve tãooooo presente nas discussões de todo tipo: Nas escolas, no mundo corporativo, nas olimpíadas!
Porque estamos em sofrimento, vivendo em num mundo repleto de dor, cuidar de nós mesmos agora é questão de sobrevivência. Se eu não estou bem, não cuido dos outros. E, se não nos cuidamos, não sobrevivemos; naufragamos.
Autocuidado é tempo valioso!
